quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lição 7- A expansão do reino Davídico


Subsídio fornecido pela CPAD

Texto Bíblico: 2 Samuel 5.6-10


    A Primeira ação de Davi como rei foi um golpe de engenhosidade política. Nem Maanaim, onde Isbosete havia reinado, nem Hebrom, que havia sido capital de Judá, eram adequadas para ser a capital da nação. A primeira ficava na Transjordânia, fora da própria terra da Palestina; a segunda estava longe, ao Sul, identificada muito mais com a tribo de Judá. Assim Davi e seus homens vieram a Jerusalém, uma antiga cidade jesubita, situada no sul de Benjamim, mas não distante da fronteira norte de Judá. Ela fica em um planalto da região montanhosa, aproximadamente 32 quilômetros a oeste da extremidade norte do mar Morto. O terreno é fortificado pela própria natureza de tal maneira que, em tempos antigos, foi capaz de resistir a longos cercos. Embora situada no coração da Palestina, a cidade então chamada de Jebus – jamais fora conquistada pelos Israelitas, e era ocupada por uma Tribo cananita conhecida como “jebuseus”.

    A guarnição de defesa de Jerusalém era tão confiante, e sentia-se tão segura, que seus líderes insultaram a Davi com palavras que deveríamos provavelmente traduzir como: “Não podes entrar aqui, porque até mesmo os cegos e os coxos podem repelir os teus ataques”. Sua exultação duraria pouco, pois os homens de Davi logo anularam as defesas e entraram na fortaleza. A referência ao canal, mais propriamente, ao túnel de água, não está inteiramente clara, mas pode fazer referência a um duto não vigiado através do qual os soldados de Davi foram capazes de rastejar, e passaram dessa forma pelas meticulosas defesas. Tem sido sugerido que o sistema de água descobertos pelos arqueólogos do Fundo de Exploração da Palestina, pouco depois de 1922, pode ser identificado a entrada. Este sistema consistia de um poço ligado a um túnel vertical que levava a uma fonte do lado de fora dos muros. O texto em 1 Crônicas 11.4-7 identifica Joabe como capitão que conduziu ousada expedição. O insulto dos jebuseus fez sugerir o provérbio: Nem cego nem coxo entrarão na casa.

    Um nome familiar por todo o restante do Antigo Testamento é encontrado pela primeira vez aqui. Sião (v.7) era o monte sobre qual a fortificação dos jebuseus estava situada, e, posteriormente, se tornou o local para onde Davi levou a Arca da Aliança. O nome foi mais tarde estendido para incluir toda a área do Templo, e o monte Sião tornou-se um deleite e a alegria do povo de Deus ao longo dos séculos. Esta se tornou conhecida como a Cidade de Davi.

Depois, Davi parte em rota de colisão contra os poderosos filisteus no vale de Refraim e, a seguir, dirige-se contra Gate (1 Cr 18.1), culminando na completa desorganização filisteia (2 Sm 5.17-25). Enquanto enfrentava as ameaças fronteiriças, Davi fortificava-se diplomaticamente com outras nações. Estabelece alianças com Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11; 1 Cr 14), e Tói, rei de Hamate (2 Sm 8.10). Contudo ao tentar fazer aliança com os amonitas, estes, desdenham o acordo, e contratam mercenários siros para pelejarem contra Israel. Essa malfadada atitude dos amonitas culminou em sua completa derrota (2 Sm 8.10).

Bibliografia

GONÇALVES, José. et. al. Davi, As vitórias e as Derrotas de um Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

MULDER, Chester O. et. al. Comentário Bíblico, Beacon, v 2. Rio de Janeiro: CPAD 2008.



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